sábado, 25 de fevereiro de 2006

Brokeback Mountain



Depois de a passada sexta-feira que não ter começado da melhor forma nem decorrido muito normalmente, cumpri o meu objectivo estabelecido anteriormente: fui ao cinema ver o espantosamente ainda não muito polémico "Brokeback Mountain" (se estiverem muito interessados vejam http://www.brokebackmountainmovie.com/splash.html e ficam com uma boa ideia acerca do filme). A minha amiga P. H. Cavaco foi a única companhia, depois da desistência por válidos motivos da minha "rainha". Perguntem-lhe que ela deve ter gostado; foi a segunda vez que o foi ver!! :-P
"Brokeback Mountain" é, na minha opinião, um filme que muito "gentinha" não devia deixar de ver. Por várias razões... Desde os cenários fantásticos do Wyoming e do Texas às interpretações fabulosoas dos actores Jake Gyllenhaal (http://www.jakegyllenhaal.com/) e Heath Ledger (http://www.heathledger.net/), passando pelo argumento, pela coragem dos actores ao desempenharem papéis tão controversos, entre outras coisas, este filme tem, quanto a mim, muita coisa pela qual pode ser considerado o melhor filme de 2005 e arrebatar o Oscar respectivo.
Mas voltemos ao tema central do filme... Sim, eu sei que isto vai provocar muita controvérsia mas, a meu ver, esta não é uma simples história de dois cowboys homossexuais. Trata-se de muito mais que isso! Se em vez de dois homens a história se tivesse passado com um homem e uma mulher, não passaria de mais uma banal historieta de amor, ao jeito do melhor romance shakespeareano ou da melhor tragédia queirosiana, aplaudida por toda a gente.
"Brokeback Mountain" vai mais além. Mostra que na base de um grande amor, seja ele entre dois seres do mesmo sexo ou de sexos diferentes, tem que estar sempre uma grande amizade. Jack e Ennis são, acima de tudo, grandes amigos. Só uma amizade muito grande pode alimentar um amor que dura pelo menos duas décadas. Para saberem mais e avaliarem por vós mesmos, só mesmo dispendendo de cerca de duas horas e meia para verem o filme. Acreditem que vale a pena!
E quando, a meio do filme, começarem a sentir aquela vontade de torcer para que os personagens fiquem juntos, não estranhem... É porque conseguiram abstrair-se do facto de ser um amor entre dois homens e atingiram a moral do filme. Ou então estão muito apaixonados... eh eh eh
Até ao próximo post. Fiquem por aí...

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2006

"... Eternamente"


“...Eternamente”

“...E de novo acredito que nada do que é importante se perde verdadeiramente. Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas, dos instantes e dos outros. Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram. Não perdi nada, apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre.”
Porque é o meu primeiro "post" de 2006, quero desde já desejar um excelente ano a todos os que tiverem a paciência de ler este meu blogue (sim, em português é assim que se escreve, pelos vistos). FELIZ ANO NOVO, pessoal!
Ora nada melhor do que este excerto de um texto do Miguel de Sousa Tavares para me fazer voltar à escrita neste cantinho dedicado a mim, a vocês e a quem mais fizer o favor de o ler.
De facto, ao ler este pequeno excerto, senti-me impelido a escrever acerca deste tema sempre tão controverso: a eternidade. Nada é eterno... ou se é, apenas o é enquanto dura!! Assim é tudo na vida...
Quando era miúdo, achava que os 20 anos estavam a anos-luz... mas depressa chegaram!! Depois achava que a década dos "20" seria longa, que levaria o seu tempo a atingir a fatídica idade dos "30". Mera e estúpida ilusão!! Levou tanto tempo quanto leva a passar dez anos da existência de cada um de nós... E comecei a ter consciência de que, de facto, nada é eterno! Nem mesmo eu, bolas!!
Tornou-se, então, imperativo estabelecer um novo conceito de eternidade! Para mim, neste momento, chegar aos cem anos lúcido e com a agilidade possível que me permita não ter que usar fraldas ou "babette" será óptimo!
Até lá, acompanhar-me-ão, na minha caminhada para a minha eternidade, "todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram". Para mim todos eles serão eternos enquanto eu caminhar para a "minha eternidade".
Ficarei satisfeito se aqueles que me sobreviverem disserem, quando pensarem em mim, "era um gajo porreiro, um bom amigo". Então, para esses, serei eterno. :-)
Aqueles que amo, amei e amarei, serão eternos para mim. Sejam eles família, amigos, o que forem...