quinta-feira, 18 de maio de 2006

O regresso do [Grande] Campo Pequeno


Após alguns anos de recuperação extremamente necessária, pudemos assistir ontem à re-inauguração da mais famosa praça de touros do nosso país: o Campo Pequeno.

De pequeno terá só mesmo o nome, uma vez que esta praça de touros, inaugurada a 18.08.1892, salvo erro, é grande e é grandiosa. É, quanto a mim, o símbolo máximo dessa arte tão amada por uns e tão odiada por outros, a tauromaquia e as corridas de touros. Confesso que gosto! Sou orgulhosamente português e, como tal, gosto de uma boa tourada, especialmente da lide a cavalo.

Mas o intuito deste post é o regresso do Campo Pequeno à vida activa da nossa capital. A praça estava feia, degradada, decrépita... Parecia um moribundo prestes a dar o último suspiro e a sucumbir à mais leve constipaçãozita. Tomaram-se rédeas no monumento, gastou-se uma "pipa de massa", atreveram-se a arrojar na sua restauração e a partir de ontem temos um espaço em Lisboa que associa a beleza de outros tempos à modernidade do Portugal do séc. XXI. Gosto!! Está bonito! Está limpo! Está fashion! As paredes voltaram a ser côr-de-tijolo, deixaram aquele tom bacento que tinham há anos; as cúpulas retomaram o seu verde/azul original, deixaram de ser côr-de-ferrugem.

Confesso que não sou muito dado a explorar no início novos locais de comércio, como centros comerciais, sem que tenha alguma razão para o fazer, como sendo, obviamente, umas compras! Mas desta vez não!! Tenho pura curiosidade em ver in-loco as grandes alterações levadas a cabo, em ver como se conjugam no mesmo espaço a antiguidade e a modernidade.

É sem dúvida alguma um bom exemplo daquilo que pode, e deve, ser feito com os inúmeros monumentos portugueses. Já tinha ficado contente com as novas pinturas do Palácio-Convento de Mafra e do Palácio da Pena. Este é mais um trabalho que me surpreendeu pela positiva.