quarta-feira, 30 de junho de 2010

To be or not to be... Coerente?!

Hoje apetece-me falar um bocadinho sobre coerência... Eu sei que o tema é estranho mas hoje apetece-me, pelas mais diversas razões! =)
Por definição, mais ou menos lata, "a coerência aborda a relação lógica entre ideias, situações ou acontecimentos, apoiando-se, por vezes, em mecanismos formais, de natureza gramatical ou lexical, e no conhecimento compartilhado entre os usuários da Língua".
Ora a coerência manifesta-se, de acordo com a definição acima, numa relação LÓGICA entre dois parâmetros, sejam eles quais forem, sempre que se relacionem no sentido causa/efeito, a meu ver. Por exemplo: se eu aviso alguém que está a chover, faz todo o sentido levar um guarda-chuva quando sair de casa. Certo? Outro exemplo: faz todo o sentido, quando digo que vou à praia, que leve uma roupa leve e/ou os devidos acessórios. Certo?
Ora quando dizemos algo ou tomamos alguma atitude não devemos estar à espera das respectivas consequências, sejam elas mais ou menos positivas?! Eu acho que sim e desculpem-me se estiver a ver a coisa de forma errada. É que, para mim, a falta de coerência, é o início da falta de respeito e do desinteresse pelas pessoas. O meu primeiro pensamento é logo "olha, mais um maluco!"
Dou-vos um exemplo da minha vida. Há uns anos não achei bem o que determinada pessoa me fez e, como diria uma amiga minha, "xisei-a"!! Que é como quem diz, passei uma cruz por cima! Jurei a mim mesmo, e a quem me quis ouvir, que essa pessoa não voltaria a estar presente em nada que fosse eu a organizar. E dura até hoje! Acho que estou apenas a ser coerente com a minha opinião de há anos e para cuja alteração ainda não me foram dados motivos.
Para mim, isto é coerência, meus amigos. É por parâmetros deste nível que tento conduzir a minha vida, para o bem ou para o mal. Também mudo de opinião, é um facto. Não o faço é facil e repentinamente, apesar da volatilidade de sentimentos sobejamente conhecida dos Geminianos. Quando gosto, gosto mesmo; mas quando não gosto... =P
É por isso que continuo sem entender algumas situações que se me vão deparando diariamente e com as quais não sei lidar da melhor forma. "Pura falta de coerência" é logo o que me vem à ideia.
Deixo-vos um conselho e, ao mesmo tempo, um pedido: sejam coerentes com o que dizem ou fazem. Não digam A e não vão a correr praticar B. Acima de tudo, fica mal! Para quem faz... e para quem vê. =D
Isto foi só um desabafo, espero que voltem para ler algo mais "sumarento".
B&A

domingo, 20 de junho de 2010

Depois do aniversário... as comemorações!



Bom, sendo que este ano decidi não organizar rigorosamente NADA para comemorar o meu aniversário mas aconteceram uma série de peripécias, acho que vou partilhar com todos vós a minha vida desde quinta-feira passada.

Comecemos, então, pelo dia 17, o belo do dia de aniversário. Combinado que estava um almoço com um amigo meu em casa dele lá acordei às 9h30 para me despachar e por-me ao caminho para estar lá por volta das 12h00. E porquê esta antecedência?! Porque, como alguns de vós sabem, o "trolibu" estava na oficina. Como de costume, atrasei-me e só apanhei o autocarro das 11h00... Até aqui nada de novo! O caricato começa quando chego à estação da Fertagus em Corroios e, possuidor de um cartão VIVA, olho de soslaio para as máquinas dispensadoras de bilhetes e... sigo em frente para a bilheteira! Pois, eu e estas modernices das máquinas e do "mete cartão, tira cartão" não nos entendemos muito bem. Chego à bilheteira, que não tinha ninguém em espera e processa-se o seguinte diálogo:

- Bom dia! Preciso da sua ajuda. - disse eu.
- Bom dia! Diga-me lá, então... - disse a rapariga, muito simpática.
- Olhe, eu tenho este cartão e quero ir para Lisboa... Mas não percebo nada disto, há que tempos que não ando de transportes públicos e não me dou com as mãquinas. - disse eu.
- Sim, está bem... Então e tem viagens ainda no cartão?
- Não faço ideia, isto nem é meu, emprestaram-me - disse eu com o meu ar mais surpreendido de quem não fazia ideia de que aquilo acumulava viagens - Consegue ver isso aí na sua máquina?
- Deixe-me ver, então... Sim, não tem viagens, está vazio. Quer então ir para Lisboa... Ida e volta? Qual a estação?
- Sim, ida e volta, pode ser... Vou ficar em Sete Rios.
- E em Lisboa não vai usar mais nenhum meio de transporte?
- Sim, vou andar de Metro também, mais uma saga...
- OK, então é melhor carregar-lhe o cartão só com a ida para o aproveitar para o bilhete do metro uma vez que não pode acumular transportes diferentes no mesmo cartão...
- OK, como achar melhor... - disse eu, desejoso de me ver livre daquela situação.

Lá me carregou o cartão, paguei e aí vai ele para a plataforma. A viagem até Sete Rios decorreu normalmente, tudo sem sobressalto. Chegado à estação de Sete Rios e às bilheteiras do Metro, mais uma odisseia. Inesperadamente, toca-me o telemóvel; uma amiga para me dar os parabéns! "Abençoada", pensei logo eu... Atendi e a Marcinha lá me ajudou a comprar o bilhete na máquina. De telemóvel em punho, a carteira na outra mão, mete cartão na ranhura, tira cartão, marca o número de viagens, deixa passar o tempo, marca novamente, mete moedas na ranhura, enfim, uma comédia!! Parecia um autêntico provinciano que vai pela primeira vez à capital. Aliás, acho mesmo que a grande maioria nem se comporta assim como eu! LOL

Bom, lá cheguei à estação do Colégio Militar/Luz, a Marcinha ainda me foi dar um beijinho "in loco" e lá me fiz ao caminho que ainda me faltava chegar a casa do Sandro, em Benfica! A pé, porque nem valia a pena esperar por um autocarro que me deixasse mais perto.

O almoço foi muito bom, não só porque ele cozinha, de facto, bem (pronto, Sandro, agora podes limpar a baba, vá... LOL) mas porque nada como comer bem e em boa companhia! Lá andámos a dar um jeito numas coisas, chegou a hora de irmos embora. Haja quem trabalhe que eu estava de férias! LOL Cafezinho no Saldanha, mais uns deditos de conversa muito boa e estava na hora de regressar a casa. Despedidas feitas aí vai ele direitinho ao Metro.

Mais uma odisseia, pensei eu! O bilhete no Metro até correu bem, já tinha a experiência da parte da manhã. :-) Como apanhei o Metro no Saldanha, passei para o comboio em Entrecampos. E aqui fiz a figura mais totó de sempre! Corri a estação TODA e... nada de bilheteira! Lá vi uma rapariga sentada e perguntei-lhe onde podia comprar o bilhete, ao que ela me responde "Na bilheteira..." e eu pensei "OK, tou a fazer figura de estúpido mas também não exageremos, não é?!" Mas ela concluiu "lá em baixo, desce ali aquelas escadas e fica lá atrás..." Bom, lá fui e após mais umas figurinhas de totó lá dei com a bilheteira. Passei pelas máquinas como cão por vinha vindimada e fui direitinho ao rapaz que tinha acabado de chegar ao balcão. Novamente a mesma conversa, que não percebia nada daquilo e que queria ir para a margem sul. Lá me carregou o cartão com uma viagem, paguei e perguntei "e valido isto lá em cima na plataforma?" ao que ele me responde "pode validar já aí nessa máquina do lado esquerdo". Ora habituado que estou a discernir o lado esquerdo e direito dos meus interlocutores, olho para o meu lado DIREITO e não vejo nenhuma máquina... Ao que o rapaz me diz "do SEU lado esquerdo. Linha 4." Lá validei o bilhete e bati em retirada para encontrar a linha 4. Mais uma odisseia!! Andava eu na busca da p*** da linha 4, aparece-me o meu primo Marco à frente. Um bocadinho de conversa, lá ele me disse por onde subir para a linha 4 e eu lá lhe expliquei como chegava ao edifício da Portugal Telecom. Bom, expliquei mas não expliquei bem, vim eu a saber mais tarde, como já se vão aperceber mais à frente. Lá subi à plataforma da linha 4 e tudo decorreu normalmente até chegar a casa. Nada a acrescentar quanto ao dia 17.

Dia 18

Jantar marcado em casa da minha Grilinha e do meu sobrinho/afilhado. Estamos sentados à mesa e começo eu a relatar estas peripécias do dia anterior... E quando conto como expliquei ao Marco como chegar à PT ("então, sais em Picoas, para a saída da Andrade Corvo, voltas para trás até à Av. Fontes Pereira de Melo, passas em frente ao Teatro Villaret e dás de frente com a PT") a Vera, com o seu ar mais sóbrio diz-me assim "mas... há uma saída de Metro MESMO EM FRENTE ao edifício da PT!!" Amigos, segundo eles, fiz uma cara de espanto que só mesmo visto! Mais: segundo o Paulo, há QUATRO saídas em cada estação de Metro! E eu que precisei de chegar aos 37 anos para o saber, pois, para mim, eram apenas DUAS! Um universo novo se abriu para mim, sem dúvida! ehehehe Foi um jantar muito fixe, animado como sempre e com muito boa companhia também, claro! Até tive direito não a um bolo de aniversário mas sim um "Molotov de aniversário" com duas fantásticas velinhas. :-) Grilinha, só mesmo tu!

Dia 19

Como eu decidi não organizar nada para as comemorações, houve quem decidisse por mim organizar um jantar para a malta confraternizar: a minha comadre Vera! Desta vez a única coisa que poderia ter corrido menos bem seria chegar a Entrecampos para ir buscar um amigo mas até isso correu super bem. Lá descobri eu mais umas ruas e avenidas da nossa capital. Chegámos, já estava lá toda a gente e demos início a mais uma jantarada das nossas (Pedro, estava óptimo!!), muito bem regadas e não sem antes, durante e após ter sido literalmente coberto de beijos e abraços pelo meu afilhado. Desta vez descobrimos os beijos no nariz! LOL A loucura! :-P E, de repente, eis que um jantar normal se transforma em jantar de aniversário, com bolo de aniversário e tudo, luzes apagadas e duas velinhas para eu apagar com a ajuda do Duarte. Oh pá, confesso que até fiquei um bocadinho emocionado (eu que não sou nada chorão... NOT!). E depois muita conversa animada, mais álcool a escorrer pelas gargantas e muita boa disposição.

E agora as prendas com que me brindaram os meus amigos:

- Da mummy: umas calças da QM que eu escolhi, claro;


Da mana: uma caneta com duas cores que também é lapiseira e "pen" para o telemóvel

Do Sandro: juntamente com o agradável almoço, um postal com uma bonita mensagem


Da minha Grilinha e do Paulo: como adoro livros, mais um que promete! =D

Do meu afilhado Duarte: segundo ele "é o padrinho Nuno careca" =D


Do afilhado Duarte: a mãozinha dele


Do pessoal do jantar de dia 19: a colecção de filmes da Romy Schneider onde se incluem os três filmes da Sissi que eu andava a namorar há tempos...

Da D. Cindinha: a caixinha foi pintada e gravada por ela, uma artista de mão cheia!
E, pronto, foi assim que decorreram as comemorações do meu aniversário este ano... Em qualquer um dos três dias (parece festa cigana, não é?!) foi TUDO muito agradável e dou cada vez mais graças a Deus por ter os amigos que tenho.
Esquecia-me agora de salientar dois de entre todos os telefonemas que tive no dia 17... Directamente de Moçambique, os meus queridos BBF's. E digo-vos, cantar "O Carocha do Amor" a milhares de quilómetros provoca-me "ceninhas nos olhos"... E mais não digo senão as "ceninhas" voltam!
Obrigado a todos!!
B&A









quinta-feira, 17 de junho de 2010

Vinte e... dezassete! :-)


E daqui a três anos... "entas"!! Oh, meu Deus!! =P
A todos os que, de uma forma ou de outra, existem na minha vida, o meu sincero agradecimento!
Aos meus pais, por terem feito de mim o que sou hoje, com todas as qualidades e defeitos; à minha irmã, sem a qual eu não estaria neste mundo; a todos os meus Amigos e Amigas, por me aturarem as loucuras e as parvoíces e por partilharem também comigo o seu mundo e as suas vidas! Até mesmo todas as pessoas que fizeram parte da minha vida e já não fazem (ou que fazem de uma forma diferente) contribuiram para a pessoa que sou hoje. Obrigado a todos!
B&A

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Vento de Levante



Toda a vida ouvi a minha avó usar a expressão "vento Levante"... Mais concretamente "hoje estou com o vento Levante" era a expressão que ela usava... E fazia-me confusão como alguém poderia estar "com o vento"... Aprendi foi que nesses dias era melhor não falar muito com ela, não insistir muito no contacto físico que tanto me agradava...
Por volta dos trinta anos compreendi, finalmente, o significado da expressão usada pela minha avó!! Que pena não lhe poder dizer "Avó, agora entendo o que queria dizer... É que também sofro do mesmo!!"
Pois é, também eu tenho dias em que acordo "com o vento de Levante". E não é fácil, acreditem. Não é fácil para quem está ao meu lado, não é fácil para mim, não é fácil para ninguém... No meu caso, ocorreu-me agora que isto é tipo uma TPM masculina! Desde a cabeça "azamboada" ao feitio muito irascível, passando pelo chamado "humor de cão", está tudo presente nesses dias.
E hoje é um desses dias, sem sombra de dúvida. Se a isso aliarmos uma noite de sono de um par de horas muito mal dormidas, entendem que isto não está mesmo nada fácil.
Nestes dias, não estou bem em lado nenhum, acho sempre que ninguém gosta de mim e que não gosto de ninguém, apetece-me discutir por duas razões -tudo e nada - e andar à pancada aflora-se-me uma boa alternativa para extravasar energias acumuladas. Regra geral é nestes dias que dou as respostas mais torcidas a quem não as merece ouvir... mas também a quem merece! Isto porque nestes dias o preferível é mesmo nem falarem comigo... para que eu não disparate com ninguém!
E, pronto, agora que já sabem o que é o "vento de Levante", espero que entendam que não são dias fáceis... Mesmo nada fáceis!
B&A