quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

O meu Tobias

Hoje apetece-me escrever acerca do meu Tobias!! De seu nome completo Tobias de Pena d'Amigo, o cão cá de casa é assim um misto de "eléctrico-mimado-parvalhão"! Sempre a correr de um lado para o outro, dá connosco em doidos com tanta correria e, como anda sempre de pantufas (imaginam o pêlo que ele tem nas patas, não imaginam?!); quando pensamos que ele está "ali"... pois que já está "aqui", mesmo junto a nós e prontinho a pregar-nos valentes sustos ou a arriscar ser pisado, de tão próximo que se senta ou deita.

E é um mimado do pior! Possivelmente culpa minha, que o estraguei com mimos desde que veio cá para casa com apenas dois meses de vida e por ter dormido comigo (sim, na minha cama! Dentro! Sem comentários) durante umas duas ou três semanas. É um animal que está constantemente a "exigir" um carinho, uma palavra ou até mesmo um beijinho naquela cabeça loira com que nasceu. E, como faz sempre aquele olhar tão meigo e "de cachorrinho abandonado", acaba por conseguir. Sempre!

A parte "pior" é ser um bocado parvo! Parvalhão, mesmo! Se entra cá em casa e o mandamos embora para o quintal, o tolinho nem olha a ver onde está e não mede as distâncias. O resultado disso, regra geral, é da valentes cabeçadas na parede ou numa porta que estejam mesmo ali ao lado dele ou até mesmo tropeçar em quem venha a passar, quase provocando a queda da pessoa. Já me aconteceu, já aconteceu com a minha mãe, enfim, com quem esteja ao pé dele nessas alturas.

Se pensarmos nestas três qualidades em simultâneo, acreditem que resulta sempre em grandes risadas e estupefacção da nossa parte. Por exemplo, de cada vez que chego a casa, ladra-me com alegria como se não me visse há décadas! Como se eu tivesse acabado de chegar de umas prolongadas férias na Polinésia Francesa e viesse completamente transfigurado. E, no entanto, posso ter acabado de sair de junto dele há uns meros dez minutos! É a parvoíce a funcionar em consonância com o mimo, claro. No entanto, é óptimo sentir que, pelo menos um ser vivo sente alegria de cada vez que me vê, mesmo que seja a cada cindo minutos!

Outra pérola do meu Tobias é quando lhe vamos substituir a comida ou a água. O parvinho desata a correr para a gamela da comida e desata a comer desenfreadamente os restantes bocadinhos de ração que restarem na dita!! É um desatino "agarrado" à ração, como se o mundo fosse acabar naquele momento e já não houvesse amanhã! Com a água nem tanto, mas com a comida era coisa digna de ser gravada em vídeo e divulgada no Youtube! O engraçado da situação é que ele pode andar a correr o dia todo pelo quintal e nem se lembra que tem comida... mas naquelas alturas...

Curiosamente, esta situação do meu Tobias com a comida faz-me lembrar aquelas pessoas que, mal sentem que alguém quer delas apenas uma coisa, a bela da distância, atrelam-se à pessoa como se não a quisessem largar nem por um segundo, como se o simples acto de respirarem dependesse de nós, como se tivéssemos passado a ter a máxima importância a partir daquele momento quando, até então, nem se apercebiam que existíamos! É caso para dizer "Ó 'Tobias', larga lá o osso!!"

Se não gostaram, podem sempre mandar-me "dar banho ao Tobias"!! :-)

B&A

domingo, 13 de novembro de 2011

Quando tudo é demais... mas não chega!


Amei Demais

"Madruguei demais. Fumei demais. Foram demais
todas as coisas que na vida eu emprenhei.
Vejo-as agora todas grávidas. Redondas. Coisas tais,
como as tais coisas nas quais nunca pensei.

Demais foram as sombras. Mais e mais.
Cada vez mais ardentes as sombras que tirei
do imenso mar de sol, sem praia ou cais,
de onde parti sem saber por que embarquei.

Amei demais. Sempre demais. E o que dei
está espalhado pelos sítios onde vais
e pelos anos longos, longos, que passei

à procura de ti. De mim. De ninguém mais.
E os milhares de versos que rasguei
antes de ti, eram perfeitos. Mas banais."

Joaquim Pessoa, in "Ano Comum"


Às vezes, fazer tudo "demais" não é suficiente. Damo-nos por inteiro e, ainda assim, não é suficiente. Mas entregamo-nos de alma e coração... e isso basta-nos para sermos felizes e termos a tranquilidade da certeza de que tudo o que fizemos e fazemos é o que devia e deve ser feito. Por mim, por ti, por nós!

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

"Saudade"


És a filha dileta da noss´alma
Da noss´alma de sonho e de tristeza
Andas de roxo sempre, sempre calma
Doce filha da gente portuguesa!

Em toda a terra do meu Portugal
Te sinto e vejo, toda suavidade
Como nas folhas tristes dum missal
Se sente Deus! E tu és Deus, saudade!…

Andas nos olhos negros, magoados
Das frescas raparigas, Namorados
Conhecem-te também, meu doce ralo!

Também te trago n´alma dentro em mim,
E trazendo-te sempre, sempre assim,
É bem a pátria qu´rida que eu embalo!

Florbela Espanca in Trocando Olhares (1916)


Sem outras palavras, que seriam supérfluas, apenas o sentimento que se arrasta e permanece... Razão vs Coração.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

"D. Amélia" - de Isabel Stilwell

Terminada que está a leitura deste livro, cumpre-me começar por dizer que adorei!! Do princípio ao fim!

Um livro bem escrito, numa linguagem acessível (habitual na escritora) e com uma narrativa muito precisa sobre os factos históricos. Se há coisa que aprecio num livro que retrate partes da nossa História, a precisão dos factos é uma delas. E este livro não defrauda as expectativas nesse aspecto. Nem nesse, nem em nenhum outro, quanto a mim.

Mostra uma criança determinada que se torna rainha - a última rainha de Portugal - e que se vê forçada a resignar-se a muita coisa em prol do país que adoptou como sendo seu e que, depois, a expulsou para o tão temido exílio.

Em suma, aconselho vivamente a leitura. :-)

À minha Grilinha, o meu agradecimento.

B&A

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Uma mensagem de Luz

Hoje, ao abrir a caixa de e-mail, tinha mais um e-mail da Alexandra Solnado... Sim, a filha desse grande actor que foi Raúl Solnado. Há uns tempos inscrevi-me no site dela e, semanalmente, recebo a "mensagem da semana". Confesso que nunca liguei muito ao conteúdo destes e-mails semanais. Se calhar porque a minha tranquilidade não me fazia dar-lhes a devida atenção. Mas, como sempre me aconteceu, quando algo não está no seu devido lugar parece que "algo" se encarrega de me mostrar o caminho a seguir.


A mensagem desta semana tem por título "O Teu Elemento" e é a seguinte:


"Fizeste o que devia ser feito. Apesar de tudo, das dificuldades, dos obstáculos e da tua própria resistência, fizeste o que devia ser feito. Apesar da tristeza. Sobretudo, apesar da tristeza. Fizeste o que tinhas de fazer para voltar à tua frequência original, para voltar ao teu elemento, para voltar a ti. Porque uma pessoa que não está na sua frequência, que não está no seu elemento, está descentrada, não se foca no seu centro energético e humanamente pára de viver.


Porque a vida é uma aventura, mas só para quem consegue viver dentro de si próprio. Até pode ir aos outros, até pode sair de si de vez em quando. Mas tem de voltar. Tem de saber voltar. E, fundamentalmente, tem de gostar de voltar. Tem de gostar do que encontra. Porque, se não gostar, não quererá ficar aí. E quem não quer ficar, foge. E foge para fora. Para os outros. Para as coisas da matéria.


Não te esqueças de que a matéria é como um filme. Tem luz e cor. Tem som. Tem movimento. Dentro de ti é escuro, não há movimento não tem cor. Mas é subtil e brilha. E a subtileza e o brilho são a chave do céu. Sempre que focas a tua atenção para fora de ti, e vais atrás do filme, da vida, estás a ir atrás do movimento, da luz, do som, desces à frequência da matéria - que, como os filmes, é pura ilusão.


Cá em cima é que está a verdade. Dentro de ti é que está a verdade. Nesta dimensão aparentemente escura e pesada, está a chave da tua felicidade. E quanto mais tempo passares nela, melhor vais percebê-la e mais valor darás ao brilho e à subtileza. Sabes que a matéria é tudo menos subtil. E daqui a um tempo, quando aprenderes a respeitar essa tua dimensão interior, quando aprenderes a voltar, vais poder começar a ir.


Para já, fica. Fica em ti. Escolhe-te a ti em detrimento de tudo o resto. Fica. Fica. E um dia, à força de tanto te conheceres, de tanto te sentires, vais saber que não há absolutamente mais nenhum lugar para ir. Porque eu estou aí."



Acho que esta é mais uma das poucas coisas que me fez total sentido hoje!! Há mensagens que nos caem do Céu - ou sei lá de onde - e que encaixam perfeitamente na nossa vida...


Obrigado, Senhor, por tudo o que sou, por todo o caminho que me fazes percorrer e que sei ser o correcto. Cada vez mais, o caminho correcto.


Voltem sempre.


B&A

terça-feira, 26 de julho de 2011

[In] Conclusões

Em conversa com a minha mãe, agora mesmo ao jantar e a propósito de atitudes dela, acabei por concluir que as pessoas só fazem e/ou dizem aquilo que realmente lhes interessa fazer e/ou dizer. O que começou por ser uma simples constatação a respeito de uma acção dela, tornou-se como que a chave-mestra para me abrir horizontes e conseguir encaixar uma série de situações que têm ocorrido nos últimos meses e para as quais eu não conseguia arranjar explicação. De facto, a mente humana salta de assunto em assunto, de situação em situação, e acaba por fazer com que tudo encaixe, com que tudo se torne tão límpido e claro como água cristalina.

Não sei se está relacionado com o meu signo, ou não, mas tenho uma tendência natural a não aceitar muito bem quando algo vai contra aquilo que eu acho correcto. Obviamente, nem tudo o que acho correcto pode ser o correcto para as outras pessoas, nem questiono isso. Há que aceitar as opiniões divergentes da nossa, aliás, é sempre da discussão e da contradição que nascem as grandes inovações!

Mas quando se trata de irmos contra o que nós mesmos apregoamos, contra tudo aquilo que defendemos, então o caso é mais grave ainda! E, nessas alturas, nem consigo - nem quero! - fazer o esforço para tentar perceber. E a situação há pouco cá em casa foi desse género. Em alturas destas, aprendi a resignar-me ao silêncio, a roer-me todo por dentro tal é a vontade de me impôr em defesa do que acho ser o mais coerente. Mas em silêncio...

De facto, nos últimos meses, tenho-me apercebido que muitas coisas mudaram... para pior! Incoerências entre palavras e atitudes, faltas à verdade, omissões... Tenho apanhado, um pouco por todo o lado, de tudo isto um pouco. E não gosto... não gosto mesmo nada! A meu ver, uma das piores coisas que alguém pode fazer é ir contra si mesmo. Podemos defender as nossas opiniões contra as de um amigo, temos esse dever, sempre na base do respeito pela opinião contrária; mas ir contra o que nós consideramos ser correcto?! Isso NUNCA! "Vender" uma coisa e praticar outra totalmente distinta?! Perder o respeito por nós mesmos?! JAMAIS!!

Por outro lado, se estamos a agir de acordo com a forma que consideramos correcta mas essa forma é baseada na mentira, na omissão, na incoerência para com as pessoas que mais prezamos, então todo o nosso comportamento anterior soa a falso, são apenas palavras que nunca foram sentidas mas ditas, isso sim, apenas para agradar. E isso, mais ainda do que revoltar-me, entristece-me... Muito mesmo! Fui assim desde sempre, nunca soube lidar com o desconhecido; prefiro lidar com o que conheço, daí que prefira que as situações sejam claras, detesto meias palavras, prefiro que me digam se gostam ou não gostam de mim em vez do habitual "hum, sim, és fixe". E reajo muito, mas mesmo muito mal à mentira, à falta de coerência, à omissão.

O curioso nisto tudo é que, também desde sempre, me recordo, tal como dizia anteontem a um amigo meu, de que tudo o que vai contra os parâmetros da normalidade acaba por me saltar à vista, mais tarde ou mais cedo. Ou com base numa desconfiança, acabo sempre por confirmar as minhas suspeitas. Será um dom... ou um castigo?! Às vezes não sei, confesso-vos. Um exemplo disso, tal como lhe contei a ele, foi há uns anos a montagem de um armário cá em casa. Alguns minutos depois de o vendedor sair e deixar o armário, olhei para o dito, a alguma distância e disse "Mãe, o móvel tem um defeito!!" E, apesar das habituais repreensões da minha mãe, o móvel tinha mesmo um defeito!

Não é fácil ser assim, às vezes é mesmo muito cansativo... Mas nada na vida é linear, muito pelo contrário. A vida é como uma estrada, com altos e baixos... como a da imagem.

Voltem sempre.

B&A

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Círculo Imperfeito



Perco-me por aí...

Perco-me na imensidão do mar de pessoas, nas gentes que passam uma e outra vez...

Perco-me nos cheiros que dançam no ar tocando o meu olfacto...

Perco-me na brisa que toca o meu corpo despido de preconceitos e os demais corpos...

Perco-me nos sons que abraçam o meu ouvido e me encantam a alma...

Perco-me nessas ruas que se contorcem umas nas outras com ou sem destino...

Perco-me nos olhares de quem passa e me olha como um estranho...

Perco-me no desconhecido que conheço cada vez melhor...

Perco-me... mas perdendo-me, encontro-me!

Perco-me de Ti... encontrando-me em Mim!

Como num círculo, tão imperfeito como eu, que volta sempre ao seu início...

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Quinze anos... e muita saudade!



Passaram quinze anos... Voaram quinze anos da minha vida... E tanto mudou! Novos desafios, novos objectivos, novas metas alcançadas, novos amigos (amigos para a vida!!), tanta coisa nova... Os quase vinte e três anos da minha vida que partilhei contigo nem sempre foram fáceis, eu sei. Umas vezes, culpa minha; outras, tua. Ou sempre de ambos, a culpa não morre solteira.


No fundo, aprendemos ambos a amar-nos tardiamente. Partiste a conhecer-me um bocadinho melhor... e eu fiquei, com a certeza de que me conhecias um bocadinho melhor do que antes. E isso conforta-me a cada acordar, a cada adormecer, a cada vez que penso em ti ao longo do dia...


Há quem diga que "só damos valor a uma pessoa depois de a perdermos" seja por este ou aquele motivo... E é verdade!! Acho que isso aconteceu comigo também... Só sentimos falta do que não temos, é uma grande verdade.
Basicamente, basta apenas uma pequena frase que resume tudo isto: tenho saudades tuas, pai! E obrigado por tudo!

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Um ano em Cristo

Um bocado sem pensar no assunto, no ano passado escolhi Maio, o mês de Maria, para a mudança na minha vida espiritual. Faz hoje precisamente um ano que recebi Jesus Cristo na minha vida de uma forma mais plena, mais definitiva, mais assertiva.

Tal como comentei no ano passado, escolhi o dia do centenário da única avó que conheci para essa mudança.

Em boa hora o fiz. Sou hoje uma pessoa mais consciente, mais completa, mais feliz. Tenho hoje em dia a certeza de ser muito mais amigo do meu amigo, muito mais tolerante às injustiças e dificuldades que se me vão apresentando a cada dia. Não sou perfeito, é um facto... mas sou muito melhor do que era, isso posso afiançar.

Não passei a frequentar a igreja diária ou semanalmente, não passei a ter uma perspectiva de Deus e dos seus desígnios diferentes do que já tinha; pura e simplesmente porque sempre O aceitei na minha vida e sempre tentei ser uma pessoa íntegra e honesta, para comigo e para com os outros. Mas passei a encarar as coisas e as situações de uma forma mais tranquila, a ser menos expectante e ansioso, a ser mais para o próximo do que para mim mesmo.

Ainda assim, a luta continua, acho que vai continuar pelo resto dos meus dias. Tem de continuar!

No decorrer deste ano, assumi responsabilidades como padrinho de um futuro homem, estive ao lado de quem de mim precisou, fui apoiado quando precisei e, acima de tudo, cresci. Cresci como ser humano, como indivíduo.

Se esta "evolução" tem a ver com o meu baptismo ou não, não faço ideia... Mas sei que esse foi um passo importante para mim, que há muito queria dar e do qual jamais me arrependerei.

A todos vocês que estão diariamente a meu lado, que me ajudam a ser mais e melhor, o meu obrigado!

B&A

sábado, 14 de maio de 2011

Até sempre... Leoa!!

(@ Waikiki - 22.03.2008)

Há pessoas que partem sem que percebamos por que razão o fazem tão cedo... Deixam em branco a larga maioria das páginas dos livros que são as suas vidas e em nós, seus amigos, a inglória de não as termos connosco no futuro. Resta-nos crer que estão num mundo melhor, onde não sofrem mais, e acreditar que cumpriram a sua missão na Terra e nas nossas vidas.

E também tu... partiste hoje mas não partiste verdadeiramente, porque só partem para sempre aqueles que são esquecidos. E é impossível esquecer-te, miúda!! A tua boa disposição, a tua alegria, o teu humor, enfim, tudo aquilo que eras, estará para sempre presente nas nossas vidas.

E sempre que o momento o justificar - ou mesmo que o não justifique - trazer-te-ei ao presente dizendo um "ah, leoa!" bem sonoro.

Descansa em paz, Filipa.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

"Não há longe nem distância..."

Escreveu, um dia, Richard Bach que "não há longe nem distância..." Eu acrescento "... quando duas pessoas se querem bem".

A gravidade da distância não é a que surge por razões geográficas, para essa há sempre a melhor das soluções: fazermo-nos ao caminho e matar saudades de quem gostamos.

A pior distância é a que surge nos corações de duas pessoas... Esta é difícil de combater se não houver uma boa dose de altruísmo, de humildade e, acima de tudo, de muito respeito!

E, por vezes, o maior sinal de respeito que podemos dar a quem muito bem queremos é mesmo o silêncio. E o respeito é, talvez, a maior prova de Amor que se pode dar a alguém. Continuo a achar que o silêncio é a melhor forma, senão a única, de não dizermos o que não queremos dizer e de não ouvirmos o que não queremos ouvir. É no silêncio que cresce o respeito, que crescem o amor e a amizade mais puros. Porque estes vêm do fundo dos corações, em silêncio, e dominam a nossa mente.

Algumas vezes é necessário permanecer na sombra das palavras caladas em vez de, euforicamente, rodopiar na luz dos sons... Por mais que nos custe, por mais que o sofrimento nos assole por forçarmos o que não faz parte da nossa essência, às vezes é imperativo que nos tratemos, que lambamos as feridas no sossego do nosso silêncio para que possamos depois seguir em frente e enfrentar o mundo com um sorriso na cara.

Não é meu hábito calar-me, manter-me sossegado no meu canto, ocultar os meus sentimentos... Mas, nesta altura, é o melhor... Não obstante isso, mesmo no silêncio, as pessoas continuam prontas a ouvir os Amigos, a ajudar no que for preciso, como sempre. E continuam a gostar muito, ou talvez ainda mais do que isso, de quem se mantêm distantes... O silêncio torna-se apenas uma forma de protecção... de auto-preservação... um escudo contra mais sofrimento!

Maria Guinot escreveu-as e interpretou-as e fazem tanto sentido:

"Às vezes sou também
Um sim alegre
Ou um triste não
E troco a minha vida por um dia de ilusão
E troco a minha vida por um dia de ilusão

Às vezes é no meio do silêncio
Que descubro as palavras por dizer
É uma pedra
Ou um grito
De um amor por acontecer

Às vezes é no meio de tanta gente
Que descubro afinal para onde vou
E esta pedra
E este grito
São a história daquilo que eu sou..."


A todos os meus Amigos/as, obrigado por estarem sempre a meu lado, mesmo quando não consigo ser mais do que isto.

B&A

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Yin & Yang... em mim!


Hoje apetece-me falar um pouco de mim!! Apetece-me "partilhar-me" com todos vocês que me acompanham por aqui...
Para a maioria nada disto será novidade; para outros... é possível que seja!
Não vos quero falar do meu aspecto físico, isso é totalmente irrelevante. E quem me conhece sabe como isso me é completamente indiferente, cada um é como é. Não, o que me interessa é falar do meu Eu Interior, do que me vai na alma, do que me faz rir ou chorar.
Não sou perfeito, muito pelo contrário. Gosto de acreditar que não sou má pessoa, que sou amigo do meu amigo, que tenho as qualidades necessárias e suficientes para ser a chamada "boa pessoa". Mas - e há sempre um - tenho as minhas coisas, as minhas incongruências, os meus pequenos calcanhares de Aquiles.
Dois de que tomei consciência há realtivamente pouco tempo são a teimosia e o ciúme. Nenhum deles é bom quando exagerado, tenho consciência disso. O grande problema é mesmo conseguir controlar isso de forma a não magoar nem chocar ninguém. E isso, meus caros, está para nascer o primeiro que o consiga fazer sem alguma dificuldade. Porque a nossa essência pode até ser adaptada... mas nunca alterada! Posso refrear os meus ímpetos e calar-me ou ignorar determinada situação, sim, posso... Mas não sem que isso me consuma por dentro, não sem que isso altere o meu estado de espírito ainda que momentaneamente. E como bom Geminiano, tudo isto num milésimo de fracção de segundos. Não o digo com orgulho, digo-o com a consciência plena que este esforço tem de ser feito, a bem das minhas relações inter-pessoais.
A teimosia: sim, sou teimoso quando tenho a certeza de algo. E tendo a teimar na prova da minha razão, na prova da verdade que sei ser minha. É certo que um teimoso nunca teima sozinho, mas... posso sempre optar por deixar que a verdade seja descoberta pelas pessoas sem que eu tenha de me "passar" por causa disso, não é?
O ciúme: sim, tenho ciúmes até dos meus amigos! Não se trata daqueles ciúmes doentios de quem faz esperas, de quem tortura as pessoas, de quem é doente da cabeça e faz adoecer os outros. Nada disso! Ou acho eu que não... Mas confesso que me ressinto quando deixo de ser tão importante como era na vida das pessoas, quando me sinto preterido, quando parece deixar de haver aquela cumplicidade boa. Mas haverá amor/amizade sem uma pontinha de ciúme?
Posto isto, ainda acho que não sou das piores pessoas do Universo. Se mal vem ao mundo, de certeza que não é por mim... Tento a cada dia ser mais e melhor; uns dias consigo, outros nem tanto. Mas tento sempre, é minha obrigação tentar!!
Uma última reflexão: Yin e Yang!! Não são ambos necessários para haver harmonia?! So what?! Entendam como quiserem...
Beijos e abraços. Voltem sempre. =D

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Um ano!! Inteiro!


"Há minutos que criam amizades de vinte anos", disse um dia Victor Hugo.

Pata ti, aquele grande abraço sentido e sincero. =)

domingo, 20 de março de 2011

Primavera: bem-vinda!! =)



Nos meus tempos de criança, idos há muito, a mais bonita estação do ano começava, impreterivelmente, no dia 21 de Março. Amanhã, portanto. Contudo, porque o planeta está em constante mudança - sabe-se lá por que razão, não é? - este ano dizem que começou hoje. Falo, obviamente, da Primavera.
É estação do renascer da Natureza em todos os aspectos: as árvores ganham uma "roupa" nova, as andorinhas voltam aos nossos beirais, o calor começa a despontar... E nós retomamos a Vida com outro ar, com nova força, com outro alento!!
Para mim, talvez a Primavera tenha começado na passada sexta-feira ao ouvir esta nova canção dos The Gift, a única em português no novo álbum da banda, "Explode". É, simplesmente, fabulosa!!!
Pois é, estive no Tivoli e... ADOREI!! Confesso que nunca tinha prestado muita atenção a toda a mise-en-scène da banda e apenas ia ouvindo as canções que se tornavam mais comerciais pela rádio e um ou outro programa de televisão. Mas fiquei fã!! A garra na voz da Sónia, a audácia de trazer ao público uma música diferente, o espectáculo de luz e cor... Em suma, foi um concerto muito bom!! Por tudo isso e pela companhia, valeu a pena! Obrigado, Telmo e Sandro, foi muito bom!
Espero que todos vocês gostem e apreciem esta "Primavera" e que procurem ouvir o resto do álbum; vale muito a pena!
B&A

terça-feira, 1 de março de 2011

O Estranho Caso de Rui Pedro Mendonça



Hoje as notícias incidiram no caso do desaparecimento do Rui Pedro... Um acontecimento de 04.03.1998 ocupou hoje os noticiários e demais programas dos diversos canais de televisão... e não acho mal!
O que eu acho mal nesta história é o timming!!! Como é possível que TREZE ANOS depois do ocorrido, a Justiça do meu país venha, finalmente, considerar como arguido um tipo de quem se suspeitou logo de início?!
Como é que, sem haver qualquer dado adicional, como foi bem mencionado várias vezes, se lembram agora, assim "do nada", que o tal Afonso deve ser constituído arguido?!
Como é que o Estado português, caso se venha a provar a culpa do tal Afonso, vai poder "olhar" para aquela mãe, que esteve sempre em constante luta, sem "sentir" um peso inabalável na consciência?! Uma mulher que, entretanto, ficou sem o pai, sem o marido, ganhou uma depressão da qual duvido se livre um dia?!
É nestes casos que eu acho que devia haver não só um pedido de desculpas público como também uma indemnização choruda àquela família. Estamos em crise?! Aquela família também! E, se alguma coisa poderia ter sido feita na altura, não foi! Pelos vistos, não foi e lembraram-se ontem, dia 28.02.2011, que, afinal de contas, o suspeito deveria ser julgado. Algo não bate certo! Algo não está bem!
Este assunto é demasiado sério para ser debatido num post de um blogue, eu sei, mas não podia deixar de manifestar a minha indignação pela morosidade da nossa Justiça num caso de tamanha importância e gravidade como este!!
Como dizia hoje uma jornalista "o caso prescreve ao fim de quinze anos... faltam dois!" E eu pergunto "será que vamos esperar mais dois anos em mais averiguações para o deixarmos prescrever?!" Espero bem que não!
E nem sequer acho que a pena em que o tipo incorre (dez anos e qualquer coisa) seja suficiente para colmatar o que quer que seja!! No mínimo, é um ultraje e um atentado à inteligência de qualquer cidadão português!
B&A

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

"Cheesecake" ou "A Formatação das Almas"


Ontem deu-me para experimentar uma receita de "cheesecake" que me deu a minha estimada colega Isabel. E a coisa correu muitíssimo bem, de acordo com as reacções de quem provou... e gostou! =D
Decidido a meter "mãos na massa", lá fui comprar os ingredientes necessários, entre os quais 0,5 kg de queijo fresco. E foi este mesmo que me fez passar por uma situação que julguei ser para os "Apanhados", tanto que dei por mim a olhar em volta à procura da câmara... =P
Chegada a minha vez na charcutaria de um conhecido supermercado aqui da zona, disse à senhora "Boa tarde, quero meio quilo de queijo fresco, por favor", ao que ela me responde que seria mais económico comprar uma porção de um queijo fresco "gigante" que lá estava em vez de comprar doses individuais. Concordei, claro, por mim era indiferente, de qualquer das formas. Contudo, como achasse que aquela porção não seria suficiente para a quantidade que eu pretendia, foi buscar um novo queijo, argumentando que "metade de um queijo pesa cerca de meio quilo..." Tratou de o cortar ao meio e de o colocar em cima da balança... Até aqui, nada de anormal, correcto?
E, no visor da balança electrónica, aparecem os seguintes valores:
1,100 kg
5,85 €/kg
6,44 €
Eis senão quando a dita senhora, funcionária da superfície comercial, se vira para mim e diz, ao mesmo tempo que embrulha o queijo e lhe coloca a bendita etiqueta: "'Tá a ver, pouco passa do meio quilo..."
Olhei para a senhora, depois para o visor... e novamente para a senhora... e dei início ao seguinte diálogo:
Eu - Mas, desculpe, isso não tem meio quilo... tem 1,100 kg...
A funcionária - Não... Tem 5... quer dizer, tem 585 gramas...
Eu - Vai desculpar-me, mas isso tem mais de um quilo... Pelo menos é o que diz deste lado do visor...
E a senhora, apesar de tudo, muito simpática, insiste:
- Não, em cima tem o preço por quilo... ao meio o peso... e em baixo... em baixo...
E, de repente, ouço a senhora que estava ao meu lado:
- O senhor tem razão, isso pesa mais de um quilo!!
E pensei "Graças a Deus não estou sozinho no mundo, ainda há gente que sabe usar o cérebro".
E isto tudo para dizer o quê, perguntam vocês?! Para que se veja como as pessoas, hoje em dia, estão de tal forma formatadas e/ou mecanizadas que nem se dão ao trabalho de pensar ou de compreender o que estão a fazer, seja nos seus locais de trabalho ou nas mais diversas actividades do seu quotidiano. Confesso que me deixa "triste" esta postura que as pessoas vão adoptando, este "deixa andar", esta acefalia que prolifera por entre os mais diversos seres, supostamente, pensantes. Na verdade, começo a acreditar que, na sua maioria as pessoas estão a ficar acéfalas!! Têm um crâneo totalmente oco, ao qual dão uso apenas para duas coisas: usar chapéu e segurar a cabeleira!!
B&A

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

"A vida não é dia sim, dia não..."



"Restolho" - (Mafalda Veiga)



"Mas é preciso morrer e nascer de novo
Semear no pó e voltar a colher
Há que ser trigo, depois ser restolho
Há que penar para aprender a viver
E a vida não é existir sem mais nada
A vida não é dia sim, dia não
É feita em cada entrega alucinada
Para receber daquilo que aumenta o coração"



Não consigo deixar de me emocionar quando ouço isto... E hoje descobri que este vídeo foi gravado no "meu" Parque da Paz, em Almada! =D Se já era uma canção fabulosa, agora ainda gosto mais! =D

Dedico-a a todos vocês a quem me entrego alucinadamente em cada dia da minha existência. Enchem-me o coração... =P

B&A

sábado, 1 de janeiro de 2011

Feliz Ano 2011


Meus caros, terminou mais um ano e eis que chega a altura de fazer o balanço do ano que passou... Nada como reflectir sobre o que aconteceu no passado com vista a melhorarmos o no futuro. E o meu ano 2010 teve tantos acontecimentos que é mesmo caso para reflectir, aprender e crescer ainda mais com tudo isso.
Foi um ano que começou logo de forma diferente do habitual... Pela primeira vez na vida passei o ano fora de casa, com Amigos e de uma forma muito saudável e divertida. ADOREI!! =) Com vocês estou no Céu!
O ano 2010 foi um ano repleto de coisas boas e de coisas menos boas... Com todas elas aprendi, sem dúvida. Aumentei conhecimentos na minha área profissional, com vista à melhoria e a uma nova posição, conheci pessoas novas, deixei outras seguirem a sua vida sem mim e segui en frente sem elas. A vida é mesmo assim, não há volta a dar.
As férias de Verão de 2010 também foram diferentes, foram especiais. Serviram para conhecer novas pessoas também, para ter consciência de que é fácil afastar-me de casa e partir à aventura e, com tudo isto, crescer como ser humano. Obrigado a ti por me teres desafiado a dar mais este passo diferente e ter podido privar contigo daquela forma.
Neste ano que terminou passei por uma série de emoções fortes, umas melhores que outras, mas sei que todas elas me ajudaram a ser uma pessoa mais consciente de mim mesmo, do que sou e do que valho, das minhas qualidades e defeitos, do que quero e do que não quero. Em suma, 2010 foi o ano da transformação. Para melhor, espero muito honestamente.
A minha relação com Deus também sofreu transformação. Em Maio fui baptizado, algo que já pretendia fazer há uns tempos, e em Outubro assumi a posição de padrinho do Duarte. E tenho a certeza que foram dois passos importantes para mim e para a minha condição de ser humano com uma missão a desempenhar neste mundo. Espero conseguir sempre estar à altura de ambos.
Para o novo ano 2011 trouxe as boas memórias dos excelentes momentos que passei com todos os meus amigos mais chegados, mais antigos ou mais recentes, e a esperança de que se repitam ao longo do ano; os acontecimentos que me fizeram chorar ou soltar o meu "gémeo mau" (como alguém diz... LOL ) preferi deixá-los no lugar deles, ou seja, em 2010.
Tenho consciência de quem sou, do que sou e do que quero. E isso é um dos meus ganhos em 2010.
Resta-me fazer alguns agradecimentos que são imperativos:
- à minha mãe: por seres a mãe que és, por me fazeres ver as coisas como elas são sempre que eu não consigo sozinho e por me teres dado a educação que deste. Amo-te;
- à minha irmã: porque, apesar de tudo, fizeste-me tomar consciência de muita coisa que me fez melhorar e por estares a meu lado na altura certa desempenhando o teu papel da melhor forma. Apesar de tudo, adoro-te;
- aos meus compadres Rita e Hugo: pela amizade, pelo carinho e pela honra que me deram com a vossa escolha. Gosto mesmo muito de vocês;
- aos meus queridos Andreia e Rui: por, mesmo longe, continuarem a dar-me todo o vosso carinho e amizade de uma forma como só "irmãos" podem e sabem dar. Adoro-vos;
- ao meu afilhado Duarte e aos meus sobrinhos Lourenço e Gabriel : por, na vossa pureza, me brindarem com os vossos sorrisos e o vosso carinho. Adoro-vos;
- à minha sobrinha Camila: por seres linda como um raio de sol, por me surpreenderes a cada vez que estou contigo e por seres uma verdadeira princesa na vida do "tio Guga";
- aos meus queridos Patrícia e Paulo: a ti, minha Grila, pelos conselhos, pelos "raspanetes" e por toda a amizade; a ti, meu sobrinho/afilhado, por tudo isso e ainda pela honra que me deste em Fevereiro;
- ao Sandro: por me teres feito crescer com tudo o que me deste, com os desafios constantes que me colocas e por me teres feito ver o mundo com outros olhos. Sabes que te adoro e que estou sempre a teu lado;
- à Mafalda: por toda a amizade, por todas as conversas, por todos os cafés, por todos os jantares, enfim, pelo tão bem que me faz estar contigo, miúda. Guardo-te cá dentro;
- à Cátia, à Xana C e à Vera C: por serem "five stars" e por toda a amizade que me dão e por serem pessoas especiais que me ouvem, me aturam e me dão mimo sempre que preciso. Não preciso de dizer que vos adoro, vocês sabem-no;
- à Susana G: pelas eternas conversas até "desoras" depois de muito cheirarmos lojas e ainda assim teres paciência para os meus dramas;
- à Susana M: pelas longas conversas durante os nossos magníficos jantarinhos e por seres uma querida;
- à Catarina C: por seres uma querida, sempre pronta a "beijocar-me" quando mais preciso e pela tua alegria constante mesmo quando o malvado do complexo te atormenta;

- ao Paulo Peralta: porque mesmo não sendo uma presença real na minha vida, sabes que te estimo e que, apesar das nossas guerrinhas, temos boas conversas e falamos de muitos assuntos que não o tempo ou a crise. Prometo que não passa deste ano, pode ser?

- a todos os outros que convivem mais amiúde comigo e que não refiro nomes (a lista seria interminável) mas que sabem que guardo cá dentro: obrigado por tudo, especialmente por serem meus amigos e me deixarem ser vosso amigo.

A todos os que acompanham este meu cantinho, votos de um Feliz Ano Novo, que 2011 seja "do best"!!

B&A