quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Que estranha forma... de viver!!


Sinto-me como não me sentia há anos...
Eu, que sou "o rei da gargalhada", o tipo que anda sempre feliz e contente da vida, que anda sempre a rir para tudo e para todos, sinto-me assim... tipo em queda livre no vazio! E isto não é normal, de todo!
Os últimos meses não têm sido fáceis... Ainda assim, tenho conseguido levar tudo de forma mais ou menos airosa. Mas chega a uma altura em que o tanque atesta... e transborda! Oh, se transborda... E logo eu que sou um mocinho dado a inundações, se é que me faço entender...
Especialmente na última semana tenho-me sentido muito diferente... Acho que nem sei explicar quanto e/ou como. A situação no trabalho nunca mais se resolve, a situação em casa idem... Uma depende da outra e vice-versa... Começa a ser tudo uma grande embrulhada e eu detesto embrulhadas ou rodeios. Gosto das coisas clarinhas, limpinhas como a água de um regato... Sou assim há trinta e seis anos, já nem é defeito... é feitio.
Como se a volta que a minha vida teve nos últimos meses não fosse já, por si só, suficiente, um último acontecimento, na semana passada, veio colocar em causa a minha maneira de ser... Há coisas que nos acontecem e que não temos como contornar ou evitar... E com as quais eu, em particular, não sei lidar nem resolver.
Nunca antes senti necessidade de me afirmar perante os meus amigos como sendo honesto e verdadeiro; não tenho necessidade de ser ou agir de forma contrária. Mas hoje sinto... E sinto-o por ter a certeza que estou a perder alguém por um "crime" que não cometi. E por nem sequer poder justificar o injustificável uma vez que a acusação é desconhecida. E como lamento essa possível perda... Desde sempre que não sei lidar com isso. Perder alguém, seja por que motivos for, é uma coisa que me é muito complicada de aceitar. As pessoas de quem me afastei naturalmente e por vontade própria não me guardam saudades, é um facto. Mas, para tal acontecer, houve motivos, houve razões que me levaram a tal tomada de posição. E porque o faço apenas com motivos, não consigo entender que alguém se afaste de mim sem me dizer o motivo por que o faz.
Os que lerem isto e pensarem "ai que ele está a entrar em depressão", esqueçam isso! Não tenho tempo para depressões! Nem paciência! É um mero desabafo, uma constatação de factos.
Sou apenas eu a abrir mais uma página do meu livro... para vocês que são meus amigos.
B&A

9 comentários:

Unknown disse...

Amigo, uma questão: Será que vale a pena? se vale, então tenta perceber o que se passa. se não... bem, aí essa pessoa tem um problema para resolver.
beijinhos grandes

Anónimo disse...

Grande Nuno, como eu te compreendo. Revejo-me nessa fluência das tuas palavras.
A minha casa e o trabalho estão resolvidos, mas dói muito perder alguém que não gostávamos de perder, que lutámos e lutámos para que ficasse. Tentámos muito para que visse as coisas simples. Mas sabes a vida tem-me ensinado muitas coisas. Uma delas, e concordando contigo, é que há coisas as quais não se controlam e que não há explicação para elas. Mas outra que aprendi, e é mais pessoal, é que às vezes ficamos a jeito. Eu perdi uma amiga de há 20 anos, mas perdi-a, mesmo bem perdida. Disse-me as verdades na cara e eu nem consegui argumentar contra. Ela acusou-me de não ter estado lá este ano. Eu saí, sem lutar. Estou um pouco cansado desta vida também, mas lá está, eu meti-me a jeito. E esse é o único “conforto” que tenho. Sentir que o erro foi meu, que não há injustiça nesse acto, pois o erro foi meu. Sinto-me disfuncional pois lutei muito este ano. Magoei muita gente por um ideal que nada trouxe de bom à minha vida.
Grande Nuno, tu não tens nada de calimero, mas penso que temos que pensar, que quem não gosta, não gosta mesmo, e que as pessoas infelizmente só ouvem o que querem e vêem o que querem, dificultando ao máximo alguém que queira chegar seu coração, tentando-lhe mostrar algo de bom, ou de novo. Quer sejam elas paixões, amores, amizades, tudo se reflecte na mesma grandeza.
Meu grande Nuno. Um grande abraço e votos de o ver a sorrir sempre como o vi e tive o prazer de ir conhecendo.
Aquele abraço,
Vasco

Anónimo disse...

Como eu te compreendo.
Aqui à uns meses também andava que nem podia por causa do trabalho. Hoje em dia esse assunto tá resolvido como sabes :)

Em relação ao outro assunto, amigo, junta-te ao clube. Eu tenho o dom de perder todos os que amo. Não compreendo o pq nem a causa disso mas tem-me acontecido imenso nestes ultimos anos.
Tou a passar por uma fase assim tb, a perder alguem, sem ter feito nada e sem me poder defender do que tou a ser "acusada".... isso entristece-me imens. Muito mesmo. (espero por mim e por ti, que as pessoas em questao acordem pra vida e veja como as coisas sao na realidade).

Beijinho e animo :))))

Unknown disse...

QUE É ESTA MERDA 14!?!?!??!?

Fdx jamais o deixo o meu padawan fall in to misery!!!!

Jamais...Meu caro, também apanhei muitas chapadas na minha vida...Vamos abaixo? Vamos, mas colocamo-nos de pé e, como eu digo, 14 para cima e pic** para a frente :D

Força ai man...caga para isso e pontapé nesse suposto "homem" que não teve "colhões" de te dizer ao menos o que se tratava...

Da-le homes...

(Belo portugues e belo Ubra, tou orgulhoso e orgulhoso por o meu Padawan ir colocar isto :D)

Abraço Costini

Patricia disse...

ui.... sabes o trabalho e a casa são coisas que se podem resolver mais cedo ou mais tarde... perder alguém é sempre dificil, mesmo qd a decisão de afastamento parte de nós... porque das duas uma, ou nos fizeram mal e nos afastamos magoados ou simplesmente descobrimos que n somos importantes (pelo menos tão qt eles são para nós) e nos afastamentos não só magoados como tristes... mas sermos acusados injustamente e nem sabermos de que é que estamos a ser acusados esse é o pior crime de todos... afinal até os talibãs de guantanamo estão presos sobre uma qq acusação de "terrorismo"... mas deixa amigo.. a gente cresce, sofre mas digamos que aprende.... pena é que essa aprendizagem nos faça fechar cada vez mais e procurar uma invisibilidade confortável... pelo menos a mim
beijoca
P.

Lua disse...

Eu sou perita em lutar, lutar... os outros a ir embora e eu a lutar, lutar... até que chego a um ponto em que me pergunto porque luto... Se a outra pessoa quer ir embora e não expõe as suas razões, então é porque não dgnifica a amizade que nos esforçamos por manter. Assim sendo... e passado MUITO tempo... deixo-a ir.

Marta disse...

Bom... perder alguem injustamente e sempre triste!! Mas sera que temos de correr atras das pessoas quando o injustiçado somos nós?! Nao sei... se calhar devemos sempre tentar... ou se calhar devemos so continuar a viver!!!
Hã... que bela ajuda!!! lol

Unknown disse...

Viva Nuno, a vida todos os dias nos ensina coisas novas é assim desde o dia que nascemos até ao dia que morremos, não é possivel todos os dias serem de gargalhadas e risotas, mas também não é possível todos os dias serem de lágrimas e tristezas, cada dia é sempre um dia diferente nas nossas vidas. A vida ensinou-me que há males que vêm por bem, pois no meio da tristeza e confusões que a vida nos trás isso ajuda-nos a aprender e a evoluir, há sempre lições a tirar e a aprender, lições essas que aprendemos nos dias felizes como nos tristes. A vida é como uma praia onde vemos sempre ondas diferentes a virem ter conosco, hoje surfas-te uma má onda, mas amanhã o mar vai estar diferente e espero que apanhes uma onda bem grande de felicidade, é mesmo assim a vida.

É verdade eu sou o teu Amigo o Paulo Branco se precizares liga sabes o meu número.

Abraço
BRANKINHO

Nuno Duarte Revés disse...

Obrigado a todos os que deixaram comentário neste post e também aos que, tendo lido ou sabido da situação, não deixaram comentário mas manifestaram o seu apoio de outras formas.

É com amigos assim que podemos contar para nos animarem os dias mais cinzentos que vamos tendo de vez em quando... Obrigado uma vez mais!!

Infelizmente, é um bocado como o Vasco diz. Pomo-nos a jeito e depois levamos "na tromba". Mas como diz o Branco, tudo serve para aprendermos uma lição.

A cada um em especial uma palavrinha:

Patrícia C: Minha Grilinha, minha conselheira de horas menos boas... Vale a pena! Quando chamo amigo a alguém é porque vale a pena. E está tudo dito...

Vasco: Meu caro e estimado Vasquinho... Luta!! Luta pelas amizades ainda que te pareçam perdidas! Às vezes nem tudo é o que parece... E vinte anos de amizade não se perdem assim.

Susana: Minha querida bracarense... Nem nos conhecemos pessoalmente e parece que partilhamos algo tão "mau" como esta queda para a perda... Pelos vistos entendes bem demais o que senti. Lamento sabê-lo. Espero que tudo se resolva e que não seja a pessoa que estou a pensar... :-P

Pedro: Master... My dear master... Pois, não teve... Mas tudo está melhor, as pessoas também mudam. E obrigado por este momento ubra que veio aligeirar o tema... :-D

Patrícia S: Amiga, engraçado como acabámos por estar a sofrer com a perda de alguém por motivos e questões diferentes: tu escolheste afastar-te, eu não... Mas não deixa de ser curioso, contudo. Força aí, miúda, essa pessoa ainda há-de ver que perdeu alguém que só lhe queria bem. :-)

Lua: Minha querida "anjinha"... És como eu, lutas até mais não poderes pelas causas em que acreditas, neste caso é a amizade. Nunca te arrependas de o fazer. Podes sofrer, é um facto, mas ao menos dás-te por vencida mas de consciência tranquila; exactamente como eu estou a fazer.

Marta: Martinha, minha linda e despachada Marta... É verdade que devemos dar espaço às pessoas... Mas também é verdade que, quando se gosta de alguém, deve-se lutar para que essa pessoa se mantenha junto de nós. Ou deixá-la ir, talvez... E foi uma bela ajuda, sim. :-)

Paulo: Branquinho, meu companheiro de outras lutas... Talvez a visita que considerei menos provável... Consegues sempre surpreender-me!! É verdade o que dizes, aprendemos com tudo o que nos acontece, seja bom ou mau. E esta tem sido uma grande lição, acredita. Obrigado pela tua Amizade, meu querido! (o "A" é mesmo propositado.)

[Vasquinho, aqui está o Paulo, um amigo de há mais de 20 anos... Tantos como uns 26, creio...]

Uma vez mais, obrigado a todos por se preocuparem comigo. É bom saber que estão aí...

B&A